Remando contra a maré do último levantamento do IBGE, que apontam uma queda de 4,2% do PIB nacional, os supermercados superam a crise da pandemia apresentando um crescimento de 4,8% em 2020.
Na ponta mais sofrida da economia, está o setor de serviços. Atividades como transporte aéreo, hotelaria, bares, restaurantes e tantos outros amargaram as consequências mais graves da necessidade de reduzir a circulação para contenção do coronavírus.
Ainda que parte desses serviços tenha sido sustentada pela digitalização (caso do delivery de comida), o faturamento dessas atividades não chegou a compensar as perdas com a falta de público in loco.
Mas as quedas bruscas não ficaram restritas aos serviços. Setores do comércio que dependem da circulação também penaram para repor os gastos recorrentes. O setor de vestuário e calçados. Na Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE, a queda foi de 22,7% em 2020. E é um cenário que se espalha para a indústria. Confecção de artigos do vestuário e acessórios teve queda de 23,8% na Pesquisa Industrial Mensal.
Por outro lado, o comércio eletrônico tem salto em 2020 na pandemia e dobra participação no varejo brasileiro, mais um motivo que explica porque os supermercados superam a crise na pandemia. Os dados são da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico. Isso ajudou a quem aproveitou a crise para entrar no mundo digital e comer parte do bolo de mais de 100 bilhões, centenas de milhões de pedidos e um ticket médio invejável: R$ 503,40 para os homens e R$365,50 para as mulheres, segundo dados do Neotrust, por meio do Movimento Compre & Confie.
Nem só supermercados superam crise
Se alguns passam sufoco, por outro lado, os números do IBGE mostram quem se saiu bem mesmo com a pandemia em curso.
Entretanto, salvando o setor de serviços, estão as atividades de Tecnologia da Informação (8,3%), onde a Instabuy está incluída. No comércio, inclusive, a venda de móveis e eletrodomésticos se destaca (10,6%). Ambos fazem a fórmula do home office – que teve enorme expansão para quem tem empregos mais qualificados e que dispensam o contato físico.
Com o fechamento de comércio e dos serviços, também foram impulsionados segmentos que se beneficiam da maior parcela de tempo em casa. Na indústria, ganhou destaque a fabricação de produtos alimentícios (4,2%). No comércio, supermercados e hipermercados também cresceram com força (4,8%), graças às suas plataformas digitais, junto com artigos farmacêuticos (8,3%).
Assim sendo, o aumento na demanda por conta da pandemia de coronavírus e também o maior número de empresas que decidiram entrar no comércio eletrônico fez o setor crescer, em vendas, um montante de 68% na comparação com 2019.
O e-commerce representava 5% do faturamento do varejo no final de 2019, mas alcançou um patamar acima de 10% em alguns meses do ano passado.
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